O Historicismo, ou revivalismo, pode ser conceituado como uma tendência onde se busca inspiração em uma ou mais épocas passadas, no caso, a recriação da arquitetura dessas épocas.
Esse novo conjunto de estilos arquitetônicos surgiu na Europa por volta do século XVIII, mas o abandono intenso do Neoclassicismo ocorreu no século XIX com a construção do parlamento inglês por Charles Barry e Pugin.
Parlamento inglês
“Pelo fato das inovações tecnológicas não encontrarem naquela contemporaneidade uma manifestação formal adequada, ou por diversas razões culturais e contextos específicos, os arquitetos do período viam na cópia da arquitetura do passado e no estudo de seus cânones e tratados uma linguagem estética legítima de ser trabalhada.”
“O historicismo torna as tradições históricas disponíveis na forma de uma contemporaneidade ideal, e possibilita a um presente inconstante, para si mesmo fugaz, um disfarce na forma de identidades emprestadas. O pluralismo estilístico, que até então fizera figura de incômodo, torna-se pois um trunfo.”
Alguns arquitetos procuravam reproduzir tal qual os modelos antigos, gerando uma combinação que se tornava muitas vezes incoerentes, sendo difícil definir a que estilo pertencia a obra.
O historicismo foi muitas vezes associado ao estilo da arquitetura eclética, já que ambos utilizavam técnicas construtivas modernas (como uso do ferro, cimento e concreto) e as “escondiam” por detrás dos estilos passados.
Nesse período surgiram então os estilos revivalistas como o neoclássico, neo-renascimento, neo-romântico e neo-gótico. E não só a arquitetura, mas também a pintura, escultura e artes decorativas tiveram vertentes revivalistas.
Este é um artigo bem interessante que faz uma analogia com o historicismo e as atuais intervenções arquitetônicas.
A nova história do século XIX e a redescoberta da dimensão imaginária da arquitetura (1)
Marcelo Puppi
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq058/arq058_02.asp
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